segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Entrevista com as estrelas

São mesmo as estrelas estaveis?
inteligíveis, supernovas  de cristal.

Ou são qual neblina matutina
paixão de primário, viagem de fim de semana pra serra

São as estrelas errantes ou poetas?
Talvez poetas errantes, pois nunca saberam se estavam certas...

Perdendo sua forma e rosto em velocidade dilacerante

Vivem com saudades ou correm com o instante?

Será que sentem orgulho do que praticaram
ou deixaram pra trás?

Será que formam sombra na noite silenciosa?

Tem as estrelas pele morta?

Perderão o brilho ou um dia o gás?

Celebrando cada instante com total indiferença
Convidam-nos a brindar, inconsequentes
Queimar na velocidade da luz a própria essência
Assustando satélites estacionários
Revigorando quem mira torna-se cadente

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Acho que sempre, Talvez, Sempre de novo.

Acho que sempre gostei de você
e não sabia.
Não com toda essa saudade pressentida pelo menos

Seus cabelos pretos
sobre os ombros, seu sorriso único
"Aportar é poesia" me disse
"Apostar também" eu pensei, só mesmo pensei

Mesmo com todos convites da gente
juntar os trapos, convites indiscretos
que me deixaram assustado

Perdoa esse menino, que não esperava
amor, suor e traças
Tenho medo de envelhecer dai eu fujo
de compromissos, enxergo encruzilhadas
miro crucifixos

Não é que não te amo e vou te amar durante todo o inverno
É só omissão, ou mimetismo, se preferir o requinte da palavra como recordação

No verão uma menina perguntou
se eu era feliz.
Expliquei que entendia a vida
a cada dia melhor, numa progressão surpreendente!
Felicidade que eu sempre quis
Enguiço misturado com feitiço realmente, mas ainda assim o meu enguiço

Continuo gostando do seu shampoo
e não hei de substitui-lo tão cedo em minha memória
como presentes a futuras amigas

Amor Amor Amor
"O que é feminismo?" pela editora brasiliense
minha irma me deu esse livro de aniversário
Era liberdade em maestria...

domingo, 21 de julho de 2013

Sem piscina

Essa vida é uma borda sem piscina
pra se perder no nadar, 100 gramas de ritalina's
Droga patenteada, geração abestalhada
Laboratório de química, cobaias desfiguradas
Essa realidade é uma sina, cada passo computado
estudado pelo meu deus, meu eu diabo.
Julgamento fabricado pela sua televisão
ser formador de opinião, padrão pra fazer milhoes
Edwards Bernays, viveu no limbo ou na aflição?
Hipocrisia ou manicômio.. na sua mesa
quem hoje come? Crianças da indonesia com um dolar
sem sobrenome
Conversa? Quem é que se esconde?
Promessa , palavra de homem, saudade e nostalgia constante
quando saudavamos a essência e todo mundo prestava, prestava?
Ou era tudo figurante?
Pouco importa
hoje é tudo codinome me empresta, me venda, sequestra, me entenda
Sou seu irmão ao avesso, realidade é maldade, quem é avesso do ermo?
O que fizeram de você? Te disseram? Você percebeu ou quis esquecer de perceber?

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O Amar


O amor aporta quando é livre
não quer pagar demurrage
Ele voa sobre nossas cabeças, como auréolas
toda vez que não pensamos em prendê lo

E não da pra vender
nem pra fabricar, nem pra beber
nem pra sangrar, amar é formula magica
que não se vê, é antidoto pra tudo que se explica
e não se sente

O amor é delirio surrealista
de uma realidade que é a unica que existe
é a verdade sem pilulas, é a bandeira que se estende sem fim em riste

É pichaçao nos muros do preconceito
amor é respeitar, sem se enganar, pois não existe defeito

O amor é leito onde dormem todos os mundos
Os sonhos sabios, o amor é largo, raso, profundo
O amor só quer amar, que o sim seja apenas sim
estado de aceitar
O amor quer livrar porque as prisoes sao ilusoes
que ainda não tem coragem de amar

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Inadimplente Ermitão


Vida vida minha, ama de leite nossa
Oxigenio tua fonte, banho me em ti
como vela romana

(Mas não queime tão forte!)
No fim ainda tenho medo da morte
Tenho sangue burgues e resquicios
católicos, como medo do escuro,
inda mais que nasci prematuro

Procuro te com uma lanterna, sou precavido!
Busco minha alma cigana, meu pedaço que falta
e me foge, toda vez que a vejo na vitrine a 1,99
corre e zomba de mim a gritar que é de graça

Querer mudar o mundo
e contar quanto tempo falta, o quanto desperdicei
estar chegando ou já cheguei, inda sou contador...

O universo que me diz já ser completo, eu incerto
sobre independencia ou morte
existo mesmo ou isso aqui é trote?

E ainda tenho que tomar uma decisão
pois o banco fecha as 16:00
o mundo está de greve, juros,inflação
peço que me levem, inadimplente ermitão

Ontem tinha 17 e hoje avisto os 24, fatigados anos
Que tipo de crise é essa que não é dos trinta fardos?!
O tempo passa depressa
quando as conversas de corredor estão no plano da empresa

Quando o imediatismo dos comerciais encharcam de acido depressivo
os laços humanos, metade homem , metade imbecil
sobrevivente estrangeiro, esperançoso, raios de luz hostil

domingo, 17 de março de 2013

Vingará


O farfalhar das emoçoes
bate contra a minha alma pré historica
Podiam cobiçar minha loucura como forma de derrota

Mas hoje não meu amor
controlo as montanhas na primavera
e polimento dos lemes naufragados

Sou amor sem destinatario
que não o destino interior
Olhos que vingam outros horizontes são olhos sem dor

Correr sem cansar
amar no amar
viver do viver
viverá

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Para sempre Peter Pan


Quão doce é o poder da juventude
Das vicissitudes coradas
Tempero bom!
Fazer ou não ser nada
ainda novidades da estrada

Onde o corpo é pétreo
e as paixoes eternas, qualquer inverno
num instante, primavera,
"Mãe eu to saindo de casa."

E os ideais não esmorecem
Sobrevivência é NO STRESS
Do amargo vinho, ao doce doce
não se adoece

Mas o que há de ser?
Quando tudo acabar?
E se tudo der errado?

...Vou começar meu pé de meia
Desculpa ae os meus pecados,
Vivo agora pra Deus ou meu trabalho
com 23, aposentado

Mas consciente que idade
mais condizente com o mundo
é  idade de estar no presente

E para sempre Peter Pan?
Me reinvento ou deixo pra amanhã
retrato descartável que mira o infinito
fitando o mito, fitando utopia


domingo, 20 de janeiro de 2013

Disritmada


Meus anjos me perdoem
por despistar sua proteção
as vezes me sinto seguro
piso fundo rumo esquina contramão

As vezes saio e me reviro
na esquina de qualquer choro, orfão
por vezes sempre me deduro
na dança esquizofrenica da solidão

Meu acaso que se explique
nesse devaneio a procura de alibis sem fim
quando deixo todas as janelas abertas
depois de uma fuga improvisada de mim

Confundo me
na esperança de perder a memória
e os sentidos, a desfazer a ansiedade
disritmada com ritmos de ciclos inéditos

E volta e meia me volto
a mim mesmo num feixe de luz
que esqueci tão a esmo, naquele canto de parede
Uma calmaria completa
que não tinha dado nenhuma opinião

Só esperava quieta
o aceitar do coraçao

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Grato


Viva teu mundo
ela me disse
sempre que levantarem o dedo
pra apontar, diga que não
nunca esteva lá

Que a minha educação
foi eu mesmo quem preparei
depois de gastar tempo precioso apagando
quem me ensinou, sem explicar, só mesmo ditou

Solte uma risada
sempre que puder
a alegria pode estar na revolução
de uma mente quando quer

Na cara de surpresa
e depois de aceitação
do meu amigo careta que apontava na minha direção

Foi o que ela me disse naquela noite de verão
entendi com perfeição, quando tudo um dia virar lixo
enxergue sempre a sua opção, reciclagem