quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Amada

Tão revoltos mares sobre a lua pendurada
não esqueceis somos feitos de agua
Fragéis como automóveis em ferragens assim dobradas
não esqueca da sua natureza pelos continentes, rodeada

Calmos como as baixas mares, paquerando os amantes na enseada
eu e voce, não esqueça a tua estrada
dois pingos breves, sob a chuva torrencial
tão bem , o bom e o mau

Molhados, perdidos, achados, dentro da sua piscina
homem, mulher, menino e menina
inseto, peixe, passaro, cristalina

Complementar no teu amor
complementar na tua dor
enquanto tu ainda não for, garantia que ainda sou
Represa!

Enquanto o rio nao correr
bato contra o muro da sua relutancia
é natural o teu conflito, mas tenho como destinatario a perfeição
dos imperfeitos suados

70% agua

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Carta da loucura para o Medo

Não nego teu orgulho da minha loucura
nao nego teus olhos do cão e travessuras
Faço um protesto contigo desde que conseguiu correr pela primeira vez
De nos um osso e vamos roer

Rotacionando rapidamente em movimento 
perfeitos e ímpares
seremos originais como
carne e ferida

Conheço do teu humor nobre
e tua dose de estupidez planejada
teu vicio da perfeicao, uma anti lei emoldurada
teu beijo loco, tua mão pesada
nao perde a piada, não perde a risada

Ri de tudo que não quer ser perfeito pra ser de fachada
Ri de todos tão sérios por suas vergonhas e tão sem ideais
pra uma vida ilimitada

serão cruzes e espadas
pastores, ovelhas, sem fadas e fardas

Uma vez por dia acordo com um riso louco
uma vez assusto a todos, há muito tempo sem ver um louco
mais uma vez comemoro mais um dia na estrada

As bochechas contra o vento a 180 km/h, 
na mente envenenada.

A morte e Maia. Maia e a morte

Descobri que te faço um ato protesto
a cada beijo num mês
descobri que tens dentes de ouro
e me atiça a vaidade

Entendi agora que não te respeitava 
em cada ano que não fiz
por medo e profunda magoa, não a respeitava
pelos teus deslizes

Descobri que todas as cores
são filhas de ti, tuas religiosas protestantes e insensatas
teus lirios itinerantes pelas batalhas 
de cada dia.

E que todos sentimentos são
bravatas a frente a tua presença
em risadas desesperadas de escárnio
ou indiferença

Entre sorrisos sinceros dos amantes
a respeitar sua presença
Nao te negar seria mais facil?
Quando te olho, os olhos e os venero?
A tranquilo- curiosidade de menino sabido
que mais há desse misterio?

Que não destino desconhecido
solitário, puro e sincero
Se não fores como vagalumes que se escondem
após a noite, quais falsos faróis

Mas se fores a hora exata da risada
daqueles que te beijaram tão a sós
Entenda então as suplicas desse fatigado coração
Pois enquanto a minha alma já a conhece
tenho os olhos de maia ,oh ilusão
O conflito que esquenta e aborrece
o chamado da bussola e direção

Lutaremos como amantes
numa valsa conflitante de instantes
até o dia que nos dermos as mãos
Morte